sábado, 17 de dezembro de 2011

CAMPANHA DO LAÇO BRANCO 2011

A campanha acontece de 25 de Novembro (Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres) a 10 de Dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos) em mais de 130 países.

O Núcleo de Psicologia Social - Abrapso Belém realizou mobilizações vinculadas à Campanha Nacional do Laço Branco (www.lacobranco.org.br) que busca mobilizar e engajar os homens nessas ações . 

A amarração de laços brancos nos pulsos é realizada como símbolo do compromisso com a não-violência e não-omissão dos homens e este ano foi realizada no decorrer dos 16 dias de ativismo em Belém e Ananindeua, contando com a colaboração de vários parceiros.

Segue breve descrição de cada atividade:


UFPA (06/12) = A Profª Lúcia Lima desenvolveu a atividade com a colaboração de estudantes de matemática e letras no terminal de passageiros do 3º portão na UFPA. A campanha teve boa recepção e em pouco tempo já tinham conversado com várias pessoas e colocado os laços.

Estudante distribuindo as fitas da campanha no terminal de passageiros da UFPA


UREMIA (Unidade de Referência Materno Infantil) (07/12) = Como foi realizado na sexta após o feriado, havia poucas pessoas, mas realizou-se a campanha indo em cada setor da unidade. A atividade lá se deu em parceria com a IFMSA - Brazil (International Federation of Medical Students Associations).

Guarda Municipal de Ananindeua (07/12) = Distribuição das fitinhas e diálogos sobre a questão da violência contra mulher, com a colaboração de guardas. A atividade foi considerada bastante produtiva.

Guarda Municipal de Ananindeua

Feira de Ananindeua (10/12) = Além da participação de integrantes do núcleo, contou com alguns parceiros que se engajaram na campanha tornando-a um momento de diálogo e descontração. Aqui, houve o espaço para um contato mais direto, e até poesias foram declamadas!
Codó distribuindo as fitas

Poeta Rubens de Almeida

Rádio Cabana FM (10/12) = Espaço concedido pela rádio para falar da campanha. Quem nos representou foi Ana Lúcia.


Ana Lúcia na Rádio Cabana FM

Conexão Cultura (10/12) = A vinheta da campanha foi rodada na rádio cultura e tivemos espaço para falar da campanha no programa conexão cultura. Quem nos representou foi Herbert Pereira.

            A diversidade de espaços proporcionou uma campanha maior e com uma aproximação mais efetiva das pessoas. A ideia é que as atividades vinculadas à campanha não se delimitem apenas ao período de ativismo, e por isso já temos algumas outras atividades agendadas para o início de 2012.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011













Já começou o período de 16 dias de intensificação do ativismo pelo fim da violência contra a mulher. A campanha brasileira do laço branco busca mobilizar e engajar os homens nestas ações. A amarração de laços brancos nos pulsos é realizada como símbolo do compromisso com a não-violência e não-omissão dos homens. Em Belém, ela é promovida pelo núcleo local da Associação Brasileira de Psicologia Social, e no ano passado contou com mais de mil laços amarrados em uma ação no Ver-o-Peso. O fim da violência contra a mulher não é uma causa feminina!!! É de toda a sociedade!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Convocação à Reunião

Convocamos à participar da reunião que horrerá hoje 01/11 (terça-feira) na sala 310 do bloco F da Univesidade da Amazônia - UNAMA todos os interessados (alunos, professores e afins). Nesta reunião faremos alguns fechamentos sobre as atividades da Campanha do Laço Branco esse ano e qualquer tema que possa emergir relacionado ao Núcleo e, principalmente, à viagem ao Encontro Nacional da ABRAPSO que ocorrerá em Recife este mês.

Att,

Equipe de Comunicação do Núcleo-Belém

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ABRAPSO defende projeto Escolas sem homofobia: estado laico e igualitário


Manifesto da Abrapso em favor do projeto "Escolas sem homofobia": por um estado laico e igualitário.
Em face da polêmica envolvendo o material educativo do projeto federal "Escola sem Homofobia", a Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) vem a público manifestar sua indignação ante a recente decisão do governo brasileiro de suspender a produção e divulgação desse instrumento pedagógico.

A ABRAPSO orgulha-se de manifestar, dentre os seus princípios, a defesa pela livre orientação sexual e esforça-se no combate a todas as formas de homofobia, baseando-se no principio constitucional da igualdade e na defesa da laicidade do Estado e da sociedade. Acredita, portanto, na necessidade de discutir e trabalhar o tema da discriminação contra LGBT em todos os setores da sociedade, inclusive nas escolas. 


Ao contrário do que setores mais conservadores da sociedade, alguns dos quais usando argumentos religiosos, ou pretensamente psicológicos, para descaracterizar a proposta dos materiais, acreditamos que a linguagem utilizada pelos vídeos já exibidos anteriormente na imprensa e testados com populações diversas é apropriada para o público ao qual se destina. Esses argumentos escondem apenas a tentativa infundada, numa educação que se pretende laica e baseada em princípios constitucionais, de manter a homossexualidade sob o manto da invisibilidade, que favorece a discriminação e a violência contra estudantes homossexuais, tão comum nas escolas do nosso país.

Abrapso Gestão30anos

sábado, 28 de maio de 2011

Abrapso em apoio à nota pública da Comissão Pastoral da Terra

Após um longo período sem atualizações, voltamos às nossas atividades.

Mas voltamos, infelizmente, para divulgar a Nota Pública da Comissão Pastoral da Terra em manifesto ao assassinato do casal de ambientalistas - agricultores, ou como eles se chamavam, moradores da floresta: Maria do Espirito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva.

Deixamos explícita nossa indignação quanto ao descaso do poder público e esperamos que este não seja mais um assassinato fruto do agrobanditismo a entrar na lista de impunidade do estado do Pará.


Núcleo ABRAPSO Belém.
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A ABRAPSO vem a público, estarrecida, divulgar nota pública da Comissão Pastoral da Terra (CPT) a mais um assassinato no Estado do Pará fruto da desigualdade social e da impunidade. Manifestamos o nosso irrestrito apoio a CPT e pedimos que todos os Núcleos da ABRAPSO dêem visibilidade a nota que segue.


Se nos calarmos, as florestas gritarão

Comissão Pastoral da Terra - Secretaria Nacional

A Coordenação Nacional da CPT, reunida em Goiânia para uma de suas reuniões ordinárias, recebeu com extrema tristeza e indignação a notícia do assassinato do casal Maria do Espirito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva, ocorrido na manhã do dia 24 de maio, no Projeto de Assentamento Extrativista, Praia Alta Piranheira, no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.

Esta é mais uma das ações do agrobanditismo e mais uma das mortes anunciadas. O casal já vinha recebendo ameaças de morte. O nome deles constava da lista de ameaçados de morte registrada e divulgada pela CPT. O de José Cláudio em 2009 e em 2010, e o de sua esposa Maria do Espírito Santo, em 2010 (seguem em anexo as duas listas). Esta lista, junto com a dos assassinatos no campo de 1985 a 2010 foi entregue ao Ministro da Justiça, no ano passado. Mas nenhuma providência foi tomada.

"José Cláudio e Maria do Espírito Santo se dirigiam de moto para a sede do município, localizada a 45 km, ao passarem por uma ponte, em péssimas condições de trafegabilidade, foram alvejados com vários tiros de escopeta e revólver calibre 38, disparados por dois pistoleiros que se encontravam de tocaia dentro do mato na cabeceira da ponte. Os dois ambientalistas morreram no local. Os pistoleiros cortaram uma das orelhas de José Cláudio e a levaram como prova do crime", registra nota CPT de Marabá, que esteve no local do crime. José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram pioneiros na criação da reserva extrativista do Assentamento Praia Alta Piranheira no ano de 1997. Devido à riqueza em madeira, a reserva era constantemente invadida por madeireiros e pressionada por fazendeiros que pretendiam expandir a criação de gado no local.

Mas nossa indignação aumentou com a notícia, veiculada pelo jornal Valor Econômico do dia de hoje, 25, de que o deputado José Sarney Filho ao ler, em plenário, a reportagem da morte dos dois lutadores do povo, foi vaiado por alguns deputados ruralistas e pessoas presentes nas galerias da Câmara Federal, que lá estavam para acompanhar a votação do novo Código Florestal. Este fato nos dá a exata dimensão de como a violência contra os trabalhadores e trabalhadoras do campo é tratada. Certamente a notícia destas mortes foi recebida com alegria em muitos espaços, pois mais um "estorvo" no caminho dos ruralistas e dos defensores do agronegócio foi removido.

A Coordenação Nacional da CPT reafirma a responsabilidade do Estado por este crime. A vida das pessoas e os bens natureza nada valem se estes se interpuserem como obstáculo ao decantado "crescimento econômico", defendido pelos sucessivos governos federais, pelos legisladores do Congresso Nacional que aprovam leis que promovem maior destruição do meio ambiente, e pelo judiciário sempre muito ágil em atender os reclamos da elite agrária, mas mais que lento para julgar os crimes contra os camponeses e camponesas e seus aliados. A certeza da impunidade alimenta a violência.

Parafraseando o Evangelho, não podemos nos calar diante desta barbárie, pois se nos calarmos, as florestas falarão (Lc 19,40).

Goiânia, 25 de maio de 2011.
A Coordenação Nacional da CPT
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José Cláudio Ribeiro da Silva  e Maria do Espirito Santo da Silva